"..Pensou: «Aqui estou eu... só, dentro e fora de mim, último passageiro da minha noite interior.» E reprimiu as lágrimas, apertando a pequena mala de viagem contra o peito. Depois, mais calmo, encostou-se à janela e deixou o movimento do comboio sacudir-lhe o corpo. Á sua volta crescia o silêncio, doloroso silêncio, semelhante ao que se estende por cima do mar cuja misteriosa mansidão nos acorda, obrigando-nos a descobrir, subitamente, que a solidão é muito maior do que julgávamos."
Al Berto in Lunário*
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